Para Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX, a tendência é que os consumidores comprem ainda mais online, principalmente com as medidas de fechamento de comércios em diversas cidades brasileiras
O Dia do Consumidor é comemorado todo ano no dia 15 de março e promete muitas ofertas e descontos aos consumidores. A data, que é conhecida como a Black Friday do primeiro semestre, promete movimentar o mês de março, já que as lojas começam a fazer promoções dias antes e depois da data.
Em 2020, o Dia do Consumidor bateu R$ 3,62 bilhões em vendas e 47% dos que compraram pela internet eram consumidores novos, segundo um levantamento realizado pela All In & Social Miner, em parceria com a Opinion Box.
Neste ano, de acordo com o estudo, 61% das pessoas pretendem comprar itens de necessidade com melhor preço e 53% querem comprar itens de desejo também com melhor preço. Ainda 23% devem substituir itens antigos por uma versão mais moderna enquanto 11% querem comprar para presentear alguém de imediato ou em datas.
Além disso, 41% dos consumidores afirmaram que irão procurar ofertas em sites de buscas. Outros 41% comprarão via aplicativos de lojas.
“Com a pandemia e diversos governantes anunciando o fechamento de comércios e abertura somente de serviços essenciais, a tendência é que os consumidores comprem ainda mais pela internet, seja por meio de aplicativos dos grandes players, marketplaces e até mesmo pela venda direta no Whatsapp. Quem se preparou com a alta demanda da primeira onda de pandemia no Brasil no mês de março do ano passado, dessa vez está mais preparado para atender ao grande número de pedidos”, explica Felipe Dellacqua, especialista em e-commerce e sócio da VTEX, multinacional que provê plataformas de e-commerce para um quarto das lojas do país.
Segundo o especialista, os consumidores, que ficarão mais tempo em casa devido ao novo coronavírus, serão ainda motivados a comprar pelo fator da ansiedade.
“É inegável que a população passando ainda mais tempo dentro de casa aumente o acesso a internet e, principalmente, a sites de comércio eletrônico. Hoje a compra ocorre por dois motivos, uma por necessidade e outra por impulso”, afirma Felipe.
Ainda de acordo com ele, com a evolução da logística entregando cada vez mais rápido e mais barato, as vendas online poderão continuar em alta mesmo com a diminuição dos casos do novo coronavírus e a vacinação ampliada.
“Comprar online é um hábito, se a experiência desse hábito for cada vez mais positiva, certamente teremos um engajamento maior e uma preferência por esse canal mesmo após a crise do coronavírus”, completa Felipe.