Como a Internet das Coisas está revolucionando o consumo – Por Fábio Iunis de Paula

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Já há alguns anos se fala sobre o poder transformador da Internet das Coisas (IoT na sigla em inglês) na sociedade. A ideia é simples – adicionar inteligência e sensores a objetos do dia-a-dia para que eles possam se comunicar entre si e também com os seres humanos, trazendo enormes avanços potenciais para a nossa vida e para diversas áreas da economia como a manufatura, saúde, varejo, cidades inteligentes entre outras. O que até pouco tempo atrás era considerado apenas ficção científica, hoje, é um mercado que cresce de forma exponencial. A consultoria IDC estima que em 2020 serão 50 bilhões de dispositivos conectados em todo o mundo, o que irá movimentar cerca de US$ 1,7 trilhão.

Todo esse potencial de mercado impactará na forma de comprar e consumir as coisas. Por exemplo, quando você faz compras online, provavelmente, não leva em consideração a quantidade de dados que gera. Atualmente, os dados podem ser considerados o centro do relacionamento entre você e as lojas: são ativos valiosíssimos que podem transformar e otimizar a experiência de compra. A partir disso, o varejista terá condições de oferecer produtos e serviços mais assertivos aos diferentes perfis de clientes. Na outra ponta, você, como consumidor, só tem a ganhar com a disseminação da internet das coisas, recebendo ofertas mais alinhadas aos seus anseios.

De modo geral, as tecnologias de IoT e de nuvem impactam a todos. Os sensores IoT coletam dados que podem ser analisados. As ferramentas centradas em dados são apenas o começo de onde a tecnologia levará a um outro patamar a experiência de consumir. Hoje, comércios inovadores estão incentivando os clientes a usarem a realidade virtual para comprar em qualquer lugar do mundo sem sair de casa. O que gera engajamento em experiências de compras personalizadas em realidade virtual, enquanto a tecnologia imersiva está abrindo portas para que os varejistas alcancem novos mercados de forma criativa.

A expectativa é que os sistemas de rede evoluam mais rapidamente nos próximos anos, assim como novas tecnologias de transmissão de dados sejam aperfeiçoadas. Não estamos falando apenas de notebooks, smartphones ou tablets. Mas também de dispositivos vestíveis, automóveis autônomos, equipamentos agrícolas, soluções voltadas para saúde e muito mais. A forma como nos relacionamos com a tecnologia se modificará completamente. Avanços como a interação da inteligência artificial e a integração da realidade virtual com a realidade aumentada, permitirão uma variedade inimaginável de facilidades e serviços, que estarão à disposição de forma rápida e simplificada visando melhorar de forma contínua a vida das pessoas.

Mas antes que você possa experimentar esse novo conceito, existem alguns pontos de atenção que a indústria está aperfeiçoando: a segurança, para que os sistema estejam devidamente blindados contra ataques e as informações estejam sempre protegidas; a interoperabilidade, pois sem ela a promessa da IoT, que é justamente de fazer com que diferentes dispositivos e sistemas conversem entre si, simplesmente não vai se materializar; a escalabilidade, para que o projeto possa crescer junto com os negócios e as suas necessidades como cliente; e a capacidade de gerenciamento, para que os dados gerados pelos dispositivos e sensores ligados em rede possam se transformar em informações relevantes para você, com o uso de big data e analytics.

Como se trata de um mercado novo e de alto potencial, há um enorme espaço para a inovação. Quando a IoT estiver devidamente incorporada nos mais diversos segmentos do mercado, mais rica e satisfatória será a experiência de compra, sem contar, é claro, no aumento da comodidade. A demanda continuará a crescer ao longo dos próximos anos, e em pouco tempo, a IoT estará totalmente integrado no seu dia-a-dia.

Fábio Iunis de Paula, Diretor da Intel Brasil para o mercado corporativo