Como a governança corporativa pode estruturar uma PME?

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As pequenas e médias empresas são um nicho importante no mercado brasileiro. De acordo com dados recentes do SEBRAE, elas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o que demonstra a força do empreendedorismo no país. Muitas dessas empresas são de origem familiar, ou seja, possuem membros da mesma família na administração dos negócios. Segundo informações da Pesquisa de Empresas Familiares no Brasil, da PricewatehouseCoopers (PwC), divulgada no fim do ano passado, as empresas familiares representam 80% das 19 milhões de companhias do país. Os números expressivos chamam a atenção e levantam um questionamento: como uma empresa de pequeno ou médio porte se estrutura para competir num mercado tão acirrado?

Para Eduardo Valério, diretor-presidente da GoNext Family Business, especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa na empresa familiar, ter um modelo de gestão empresarial é importante para qualquer empresa, independentemente do tamanho. Porém, no caso das PMEs, a boa governança tende a ser um passo ainda mais importante para a estruturação do negócio. E se engana quem acha que esse serviço está aquém das possibilidades de pequenos empresários. “Percebemos que esse grupo é um dos que mais têm buscado o trabalho de governança corporativa, que é totalmente personalizado e adaptável à realidade de cada um. Na GoNext, cerca de 70% dos projetos atendidos são de pequenas e médias empresas. Estimamos que, de dois a quatro anos depois da implantação da governança, essas empresas apresentaram crescimento médio anual de 15%, solidificando sua posição no mercado”, afirma Valério.

Entre os benefícios trazidos pela governança corporativa aos pequenos empresários estão a estruturação de um plano de negócios claro e objetivo, que irá direcionar as metas da empresa, bem como as ações que seus dirigentes devem praticar para atingí-las; o estabelecimento de valores na gestão; a definição dos papeis, direitos e deveres de cada um que atua na empresa; além de estabelecer métricas de monitoramento e avaliação, que possibilitam um controle maior da geração de lucro e da administração do fluxo de caixa. Isso tudo, segundo Valério, permite que a PME torne-se estruturada e ganhe competitividade, sem cair em erros comuns.