Softex lança edital para empresas interessadas em participar do Programa TechD

Estão abertas até o próximo dia 30 as inscrições para empresas interessadas em testar e/ou investir em tecnologias focadas em IoT, Saúde, Energia e Mobilidade que serão implementadas no âmbito do programa nacional de inovação aberta TechD.

Sob a gestão da Softex, o TechD foi lançado no último dia 29 em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) com recursos da ordem de R$ 18 milhões e a missão de unir startups, empresas, centros de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I), e universidades para o desenvolvimento conjunto de projetos de alto impacto tecnológico.

O programa prevê a concessão de recursos de até R$ 500 mil de subversões por projeto de tecnologia selecionado. Para empresas com interesse em investir nas tecnologias que serão testadas, o edital possibilita que ofertem contrapartida financeira por projeto de interesse, que será somado ao valor do subsídio concedido. O programa também permite que as empresas sejam sócias ou obtenham exclusividade no uso das soluções que serão implementadas. A relação das empresas selecionadas será divulgada a partir do dia 10 de agosto.

Trata-se da segunda fase do TechD que procura subsidiar empresas que tenham interesse em desenvolver tecnologias através de processos de inovação aberta, permitindo seu acesso a soluções dedicadas exclusivamente aos seus interesses e necessidades e a uma rede qualificada de centros tecnológicos de excelência habilitados na fase 1 do programa. Com isso, é possível impactar de forma positiva na melhora da competitividade e eficiência do setor produtivo no Brasil. A terceira fase, prevista para meados de agosto, envolverá a chamada pública para que startups ou pesquisadores proponham projetos que apresentem soluções tecnológicas a serem validadas junto às empresas selecionadas pela fase 2 e ampliando seu mercado potencial tanto no Brasil como no exterior. A meta do TechD é apoiar no mínimo 30 projetos.

A íntegra do edital para as empresas está disponível no endereço http://techd.softex.br

Investir em segurança é essencial para o sucesso da IoT

Por Samir Vani

A Internet das Coisas é um conjunto de tecnologias que permite conectar os mais distintos equipamentos à rede mundial: relógios, câmeras de vigilância, geladeiras, roupas, carros, máquinas industriais, quase tudo pode fornecer dados e trocar informações online. Por meio dela, já é possível falar com assistentes pessoais inteligentes conectados à Internet (como o Echo Dot, da Amazon, ou o Google Home) que te dizem, por exemplo, onde fica o restaurante italiano mais próximo; enviar automaticamente o seu desempenho no último treino físico a um servidor na nuvem, registrado pelo app do seu smartphone ou por um smartwatch; ligar a banheira de casa mesmo estando a quilômetro de distância; e até mesmo alterar a temperatura do ar condicionado de centenas de unidades de uma rede de lojas remotamente.

Segundo dados do instituto Gartner, em 2017 já tínhamos 8,4 bilhões de “coisas” conectadas, número que deve superar 20 bilhões já em 2020. Todo esse volume de equipamentos cria uma infinidade de possibilidades de inovação, agregando recursos e inteligência a muitos deles, além de oferecem às empresas informações valiosas para a tomada de decisão. São bilhões de sensores que fornecem, por exemplo, dados sobre hábitos de consumo e desempenho de equipamentos, o que permite criar produtos mais adequados e reduzir custos com gerenciamento, entre outras funções.

Mas para que toda essa gama de recursos promissores seja utilizada de forma adequada, as empresas precisam estar muito atentas a um ponto vital: a segurança da plataforma. Afinal, equipamentos que antes estavam isolados, a exemplo de babás eletrônicas ou equipamentos que monitoram a saúde, passam agora a trocar informações em tempo real, e passar a ser alvo de hackers.

Com o crescimento vertiginoso do número de dispositivos de IoT, os criminosos virtuais já voltaram suas atenções para esses equipamentos. Dados levantados por especialistas do Kaspersky Lab na primeira metade de 2017 apontaram mais de 7.000 amostras de programas nocivos em equipamentos de IoT, mais do que o dobro do registrado no ano anterior. De acordo com números do Gartner, cerca de 20% das empresas já sofreram pelo menos um ataque relacionado a dispositivos de IoT nos últimos três anos. O resultado disso é que os gastos mundiais com a segurança da Internet das Coisas devem crescer quase 30% este ano, atingindo US$ 1,5 bilhão em 2018, em iniciativas que englobam, hardware, software e serviços.

Recentemente a Microsoft anunciou o primeiro chipset criado para a Azure Sphere, o MT3620 (desenvolvido pela MediaTek) equipado com um controlador conectado via rede Wi-Fi e um processador para rodar o sistema operacional de IoT dessa plataforma. Esse componente oferecerá suporte para os protocolos de segurança mais recentes da Microsoft, com conectividade e proteção integrados.

A meta é criar um ecossistema de fornecedores de silício e fabricantes de equipamentos de uma ampla variedade de setores, que entendem as oportunidades e os riscos associados ao crescente número de dispositivos e aplicativos de IoT e que se unam para garantir o desenvolvimento e a aplicação de padrões de segurança.

Com a redução significativa no custo da conectividade, mais de nove bilhões de dispositivos com microcontroladores entram no mercado a cada ano. Por isso é fundamental que as fabricantes trabalhem para garantir que todos os dispositivos conectados, independente do preço, tenham o mais alto nível de proteção.

Samir Vani é Country Manager da MediaTek no Brasil, empresa fabricante global de semicondutores para equipamentos como smartphones

Finep: empresas terão melhores condições para financiar projetos de Internet das Coisas

A Finep vai oferecer melhores condições de financiamento a empresas brasileiras que apresentarem projetos de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês – Internet of Things). Será disponibilizado R$ 1,5 bilhão para apoiar iniciativas ligadas ao tema até o fim de 2018. O lançamento da ação, batizada de Finep IoT, aconteceu nesta terça-feira, 19/6, na sede da financiadora, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença do presidente em exercício da Finep, Ronaldo Camargo, e do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab. “A Finep tem se preparado para entrar no mercado de IoT há um ano e meio”, destacou Ronaldo Camargo.

Para oferecer crédito mais atraente, a Finep vai conceder bônus de relevância setorial de 1,0% ao ano (a.a.) em cima de suas linhas de ação já existentes. A bonificação é cumulativa ao bônus de apresentação de garantias financeiras, ou seja: com o Finep IoT, as empresas podem conseguir empréstimos com taxa de juros de até TJLP-1,0% a.a. Se o projeto tiver foco em telecomunicações, a melhor taxa passa a ser TR+3% a.a. Dependendo do grau de inovação dos Planos Estratégicos de Inovação (PEIs), a Finep pode financiar até 90% do projeto. O prazo de carência é de até 48 meses e o prazo total pode chegar a 12 anos, também de acordo com a relevância da inovação.

Para se enquadrarem no programa, os projetos precisam ter como referência o conceito de Internet das Coisas e demais tecnologias habilitadoras da Manufatura Avançada, com aplicações na saúde, indústria, no agronegócio (ambiente rural) e no desenvolvimento urbano (cidades). Estão aptas a participar empresas com receita operacional bruta a partir de R$ 16 milhões. O valor mínimo das operações é de R$ 5 milhões.

O diretor de Inovação da Finep, Rennys Aguiar, ressaltou que, além das empresas, há, sempre, outros atores envolvidos no processo de inovação, como ICTs públicos e privados, órgãos da administração pública e órgãos reguladores. “O ideal é que estes agentes se envolvam no processo, preferencialmente articulados em consórcios, arranjos público-privados ou sistemas de inovação”, afirmou.

A ação está dividida em três eixos: desenvolvimento de soluções digitais baseadas em IoT e demais tecnologias habilitadoras; formulação de planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos; e implementação dos planos estratégicos de digitalização dos processos produtivos.

A maior parte dos recursos (R$ 1,1 bilhão) vem da própria Finep. O restante (R$ 400 milhões) é proveniente do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel). É a primeira vez que a Finep lança um programa de fomento para incentivar o setor no País.

Para o ministro Gilberto Kassab, o principal objetivo é retomar a confiança da inovação no País: “Estamos no rumo certo, com as instituições públicas e privadas, academia e universidades se entendendo”.

5G em desenvolvimento e aumento de implantações IoT celular são destaques da nova edição do Ericsson Mobility Report

A nova edição do Mobility Report da Ericsson (NASDAQ: ERIC) revela que o lançamento comercial da rede 5G está cada vez mais próximo e implantações de IoT celular foram maiores do que o previsto.

A previsão para conexões IoT celular quase dobrou desde novembro de 2017. Agora, espera-se que sejam alcançadas 3,5 bilhões em 2023, impulsionado por implementações da tecnologia em larga escala que está acontecendo atualmente na China. Novas tecnologias de IoT celular como NB-IoT e Cat-M1 estão oferecendo aos provedores de serviços oportunidades para melhorar a eficiência dos aparelhos.

As operadoras de telefonia móvel já lançaram mais de 60 redes IoT celulares ao redor do mundo utilizando estas novas tecnologias na mesma rede subjacente LTE para suportar uma gama diversificada de múltiplos usos. Na América do Norte, o IoT está focado em logística e gerenciamento de frota, enquanto na China a tecnologia é implementada para tornar as cidades e a agricultura mais “inteligentes”.

Primeiro lançamento comercial de 5G ainda este ano

É esperado que a América do Norte seja a pioneira na condução da adoção do 5G – com todas as operadoras dos EUA planejando disponibilizar a rede para seus clientes entre o final deste ano e meados de 2019. Até o final de 2023, cerca de 50% de todas as assinaturas móveis na América do Norte já devem ser de 5G, seguidas pelo nordeste da Ásia com 34% e a Europa Ocidental com 12%.

Globalmente, as implementações de 5G são esperadas a partir de 2020. A Ericsson prevê mais de 1 bilhão de assinaturas 5G para banda larga móvel até o final de 2023, representando cerca de 12% do número total de assinaturas móveis.

Estima-se que o tráfego de dados móveis aumente 8x durante o período – atingindo 107 exabytes (EB) por mês: número equivalente a todos os assinantes móveis do mundo transmitindo vídeos em full HD por 10 horas. Até 2023, espera-se que mais de 20% do tráfego mundial de dados móveis seja transportado por redes 5G. Isso é 1,5 vezes mais do que o tráfego total de 4G / 3G / 2G hoje.

É esperado que o 5G seja implantado primeiro em áreas urbanas de maior densidade e que apresentam uma banda larga móvel mais aprimorada. Outros casos de uso virão futuramente de setores como: automotivo, manufatura, serviços públicos e saúde.

Georgia Sbrana, vice-presidente de Marketing, Comunicação e Relações Institucionais da Ericsson Brasil, diz: “2018 é o ano em que as redes 5G vão começar a ser comercializadas e a implementação em grande escala de IoT celular vai começar. Essas tecnologias prometem novos recursos que afetarão a vida das pessoas e transformarão os setores. Essa mudança só acontecerá através dos esforços combinados de agentes do setor e reguladores que se alinham em espectro, padrões e tecnologia”.

Espera-se que a primeira geração de dispositivos de dados de 5G sejam lançados a partir do segundo semestre de 2018. Os primeiros smartphones comerciais que suportam 5G são esperados para o início do próximo ano, enquanto o suporte para bandas de muito alto espectro é esperado para até o meio do ano de 2019.

O Ericsson Mobility Report também apresenta artigos sobre o desempenho da rede através dos olhos dos clientes, inteligência das máquinas no gerenciamento de rede e a importância de garantir o espectro correto para 5G.

Leia aqui o Ericsson Mobility Report completo.

FGV: Objetos conectados à internet podem chegar a 25 bilhões em 2020

Estimativas apontam que em 2020, a quantidade de objetos interconectados passará dos 25 bilhões, podendo chegar a 50 bilhões de dispositivos inteligentes. Já o impacto econômico global deve chegar aos US$11 trilhões em 2025. Esses números mostram a força dos objetos conectados à internet no nosso dia a dia e como será isso no futuro e os seus efeitos sobre a sociedade serão debatidos no lançamento do novo livro publicado pela Editora FGV em parceria com a FGV Direito Rio, “A internet das coisas”.

Escrito pelo professor Eduardo Magrani, o livro será lançado no próximo dia 19 de junho, às 19h, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, Rio de Janeiro, com um bate-papo com Eduardo Peixoto, do Instituto CESAR em Recife e a Caitlin Sampaio, da PUC Rio.

Com 95% do mundo coberto por redes de celular e 84% com acesso à banda larga, somado ao rápido crescimento das redes 4G e 5G, o mundo segue o caminho sem volta de estar cada vez mais conectado, e, assim como as pessoas, tudo a nossa volta também passa a estar “logado”. A Internet das Coisas é basicamente o termo para o aumento da comunicação das máquinas pela internet, o desenvolvimento de utensílios e microdispositivos que por sensores e outras tecnologias captam dados a partir de seu ambiente, tornando-se parte integrante da internet em prol das facilidades da vida moderna.

“Cada vez mais as informações que circulam pela Internet não serão mais colocadas na rede tão somente por pessoas, mas por coisas e algoritmos dotados de inteligência artificial que trocam dados e informações entre si, formando um espaço de conexões de rede e informações cada vez mais automatizado”, afirma Eduardo Magrani.

Contudo, há ainda um longo caminho pela frente: metade da po­pulação mundial permanece sem acesso à internet banda larga; é a mesma parcela de pessoas sem conexão no Brasil. Apesar do cenário, o horizonte é promissor para o avanço das tecnologias digitais no país, que tem um dos mercados mais relevantes no segmento tecnológico. O governo federal iniciou recentemente uma discussão acerca da Internet das Coisas – geralmente referida sob o acrônimo IoT (Inter­net of Things) – e, como resultado dessa discussão, um Plano Nacional para a IoT vem sendo debatido.

“Internet das Coisas” é uma rede de reflexões sobre novas tendências e direcionamentos das tecnologias da informação e para onde vamos com essa nova onda tecnológica.

Lançamento – A Internet das Coisas

Data: 19/06 – Hora: 19h

Local: Livraria da Travessa – Shopping Leblon – Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 – loja 205A

Autor: Eduardo Magrani

Páginas: 192

Editora FGV – Preço : R$ 40 (impresso) e R$ 32 (e-book)

Editora FGV lança livro “Internet das Coisas” e seus potenciais efeitos sobre a sociedade

Qual o futuro da internet e quais os potenciais efeitos da Internet das Coisas sobre a sociedade? Essas e outras questões são tratadas no mais novo livro publicado pela Editora FGV em parceria com a FGV Direito Rio, “A internet das coisas”, escrito pelo professor Eduardo Magrani, e que será lançado no próximo dia 19 de junho, às 19h, na Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, Rio de Janeiro.

Com 95% do mundo coberto por redes de celular e 84% com acesso à banda larga, somado ao rápido crescimento das redes 4G e 5G, o mundo segue o caminho sem volta de estar cada vez mais conectado, e, assim como as pessoas, tudo a nossa volta também passa a estar “logado”.

A Internet das Coisas é basicamente o termo para o aumento da comunicação das máquinas pela internet, o desenvolvimento de utensílios e microdispositivos que por sensores e outras tecnologias captam dados a partir de seu ambiente, tornando-se parte integrante da internet em prol das facilidades da vida moderna.

“Cada vez mais as informações que circulam pela Internet não serão mais colocadas na rede tão somente por pessoas, mas por coisas e algoritmos dotados de inteligência artificial que trocam dados e informações entre si, formando um espaço de conexões de rede e informações cada vez mais automatizado”, afirma Eduardo Magrani, que irá realizar um bate-papo durante o lançamento juntamente com Eduardo Peixoto, do Instituto CESAR em Recife e a Caitlin Sampaio, da PUC Rio.

Estimativas apontam que a combinação entre objetos inteligentes e big data poderá alterar significativamente a maneira como vivemos. Em 2020, a quantidade de objetos interconectados passará dos 25 bilhões, podendo chegar a 50 bilhões de dispositivos inteligentes. O impacto na economia é tão impressionante quanto esses números. A estimativa de impacto econômico global corresponde a mais de US$ 11 trilhões em 2025.

Contudo, há ainda um longo caminho pela frente: metade da po­pulação mundial permanece sem acesso à internet banda larga; é a mesma parcela de pessoas sem conexão no Brasil. Apesar do cenário, o horizonte é promissor para o avanço das tecnologias digitais no país, que tem um dos mercados mais relevantes no segmento tecnológico. O governo federal iniciou recentemente uma discussão acerca da Internet das Coisas – geralmente referida sob o acrônimo IoT (Inter­net of Things) – e, como resultado dessa discussão, um Plano Nacional para a IoT vem sendo debatido.

“Internet das Coisas” é uma rede de reflexões sobre novas tendências e direcionamentos das tecnologias da informação e para onde vamos com essa nova onda tecnológica.

Lançamento – A Internet das Coisas

Data: 19/06 – Hora: 19h

Local: Livraria da Travessa – Shopping Leblon – Avenida Afrânio de Melo Franco, 290 – loja 205A

Autor: Eduardo Magrani

Páginas: 192

Editora FGV – Preço : R$ 40 (impresso) e R$ 32 (e-book)

Internet das Coisas: prepare-se para uma onda de novas oportunidades em estratégia de negócios – Por Flávio Stecca, CTO da Movile

Quando o Google comprou a empresa de termostatos conectados à internet Nest por US$ 3.2 bilhões e a Amazon lançou a caixa de som inteligente Echo, em 2014, o mundo passou a conhecer uma expressão até então restrita aos laboratórios do Vale do Silício: a ‘internet das coisas’. Era uma forma de designar toda uma geração de dispositivos ligados à internet, de uma geladeira que avisa quando falta leite ao chaveiro que emite sinais de localização para ajudar seu ‘dono’ que perdeu as chaves. Apesar da ‘Internet of Things’ (IoT) ter nascido com foco nos aparelhos de uso doméstico, essa revolução já derrubou as paredes das casas inteligentes e está se espalhando rapidamente por todas as áreas de negócios.

As possibilidades que a internet das coisas abre são gigantescas e animadoras! Aqui no Brasil, o estudo contratado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para embasar o Plano Nacional da Internet das Coisas, estima que essas tecnologias poderão gerar entre U$ 50 e U$ 200 bilhões por ano, até 2025. Trazendo para a perspectiva atual, basta ver a rápida evolução conceitual e tecnológica do próprio Amazon Echo: se em sua primeira versão o dispositivo respondia a simples comandos de voz por meio de sua assistente pessoal, a simpática Alexa. Hoje, com a ajuda de algoritmos de inteligência artificial, o aparelho executa tarefas de complexidade bem maior. Quer comprar um ingresso para o show da sua banda favorita? A Alexa pode fazer isso antes mesmo de você verbalizar o desejo, ao saber que a sua banda favorita tocará na sua cidade. Vai receber um casal de amigos para um jantar? A Alexa pode se conectar ao serviço de delivery do seu restaurante favorito e fazer o pedido.

Se as possibilidades de novos serviços e produtos que surgem com a sofisticação da Alexa já são impressionantes, imagine quando essa tecnologia atingir todo o resto da economia, presente em muito mais objetos e equipamentos conectados à internet. Basta imaginar que hoje, de acordo com a Internet World Stats, temos 3,8 bilhões de pessoas conectadas à internet, cerca de 51% da população mundial. O número de aparelhos conectados crescerá bem mais rápido e em progressão geométrica: a previsão é que em 2020 tenhamos mais de 20 bilhões desses objetos conectados. E com a tecnologia conhecida como ‘machine learning’, essas coisas estarão ‘pensando’ suas próprias ideias, baseando seu aprendizado em análises de dados e no comportamento de seus usuários.

As empresas que levarão vantagem sobre a concorrência serão aquelas que conseguirem não apenas reunir todos esses dados coletados por suas máquinas inteligentes, mas analisá-los e processá-los para oferecer serviços que melhorem a vida de seus usuários. Dados coletados e analisados sob um o contexto correto podem fornecer possibilidades surpreendentes. Além de casas inteligentes, já temos lojas inteligentes, estoques inteligentes, linhas de montagem inteligentes, supply chains inteligentes. É por isso que temos que estar preparados: produtos mais inteligentes, segmentados, customizados tornam consumidores mais exigentes com o anseio de atendimento eficiente e personalizado.

Há diversas áreas em que a IoT será disruptiva para as empresas. Vai melhorar o processo de tomada de decisões, que passará a ser mais baseada em dados objetivos ‘colhidos’ pelos próprios produtos, desde a sua elaboração na linha de montagem até à forma com que seus consumidores os utilizam. Isso terá impacto direto também na melhoria da gestão das empresas, reduzindo custos operacionais e otimizando os gastos.

E quais empresas vão conseguir fazer isso bem e surfar essa onda de oportunidades?

Na Movile, nos esforçamos muito para enxergar as disrupções causadas pela tecnologia como oportunidade de crescimento e aprendizagem. Porém, não é somente com uma visão de futuro que se cria uma empresa inovadora. Fomentamos a cultura de errar e aprender rápido, por isso trabalhamos desenvolvendo centenas de pilotos sempre com propósito de fazer a vida de um bilhão de pessoas melhor. Acreditamos que se aprendermos um pouco sobre nossos usuários em cada piloto e trabalharmos duro para resolvermos os problemas e corrigirmos os erros, vamos construir algo que agrega valor na vida das pessoas. Um exemplo disso é o recém-lançado assistente de voz da PlayKids para o Google Home e dispositivos Android. A nossa ideia ao lançar essa feature é oferecer mais uma possibilidade de interação para as crianças. Hoje, a PlayKids é uma plataforma educativa na qual elas interagem com jogos, músicas, vídeos, livros seja pelo tablet ou smart tv’s. Com o assistente de voz do Google, agora elas passam a interagir com a música em um outro formato ainda mais intuitivo. Além da PlayKids, outro serviço é o Rapiddo Click, desenvolvido pela Rapiddo Entregas: por meio de um botão, é possível convocar motoboys cadastrados com uma economia de até 98% do tempo. A novidade tem como foco os restaurantes e serviços de delivery com grande demanda, mas o maior beneficiário será mesmo o cliente final, que receberá sua entrega com mais rapidez. O iFood também apresentou uma solução semelhante para facilitar a vida dos seus usuários: já é possível pedir o delivery do seu prato favorito apertando apenas um simples botão.

Para mim, uma das maiores oportunidades está em quais novas estratégias e modelos de negócios surgirão com essa onda de inovação. Pensar em como catapultar negócios atuais, como encontrar sinergias e complementaridade com o que já dá certo hoje, ou como viabilizar modelos até então inviáveis anteriormente por limitações tecnológicas.

A IoT evoluirá de maneira tão surpreendente que assistiremos a uma revolução dentro da revolução. As coisas não apenas poderão trocar informações entre si, mas realizar transações entre elas. Como isso vai mudar a criação de novos produtos? E a legislação? E a publicidade? Teremos que criar campanhas de marketing específicas para máquinas? Veremos objetos comprando outros objetos, criando uma economia paralela totalmente nova?

Depois de derrubar as paredes das casas inteligentes, prepare-se para a Internet das Coisas bater à porta da sua empresa. Pode ser um mensageiro com uma notícia ruim, ou uma oportunidade pela qual você esperou a vida toda.

*Flávio Stecca é apaixonado por inovação e por estimular o crescimento da Movile. Stecca tem mais de 13 anos de experiência na vanguarda da inovação tecnológica e atualmente é CTO da Movile, desempenhando papel fundamental na criação e desenvolvimento da estratégia de tecnologia da Movile. Dentro do grupo Movile, antes de se tornar CTO, foi CEO da PlayKids, uma das plataformas educacionais para crianças com maior taxa de crescimento. Stecca é formado em Ciência da Computação pela UNICAMP e concluiu os cursos de Gerenciamento Executivo em Harvard, MIT e Stanford.

IoT, Big Data e BI: as inovações para o Comércio Exterior do Futuro!

Por Alexandre Gera

Os importadores e exportadores brasileiros trabalham para diminuir a burocracia desde a reabertura comercial no começo dos anos 90. O governo também faz a sua parte com programas que beneficiam e facilitam as operações, mas mesmo assim o Brasil ocupa uma das piores posições no ranking mundial de exportação devido aos nossos gargalos logísticos. Em 2016, o Banco Mundial divulgou um relatório no qual nosso país estava na 55ª posição entre 160 países.

Historicamente, o Brasil nunca ultrapassou os 20% de participação na geração do PIB com as compras e vendas internacionais e, em 2017, movimentou 197 bilhões de dólares em exportações e 146 bilhões de dólares em importações, segundo o Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esses números demonstram que, mesmo com os problemas, trata-se de um mercado bastante valioso e importante para a economia. E, se pensarmos que em todo ano de eleição este setor sofre influências com as turbulências políticas e sociais, vale a dica aos empreendedores e executivos que atuam no mercado internacional e logístico de que eles precisam inovar constantemente para se manterem competitivos em seus segmentos.

Uma das principais tendências para o futuro do comércio exterior brasileiro é o famoso e esperado “Despacho sobre águas”. Nele as mercadorias são fiscalizadas pelas autoridades brasileiras ainda com o navio em alto mar, diminuindo ainda mais o tempo de negociação, que é uma das métricas mais importantes para esse tipo de business.

Essa novidade virou realidade em 17 de novembro de 2017 com a Portaria nº 85, criada pela Coordenação Geral de Administração Aduaneira, a COANA, da Receita Federal, regulamentando o despacho aduaneiro de importação “sobre as águas OEA”, que é uma modalidade do Programa do Operador Econômico Autorizado, e foi desenvolvido em 2014 para as aduanas concederem para importadores, exportadores e outros players do ecossistema de comércio internacional, o status de empresa segura e confiável exatamente para esse tipo de operação e benefício.

Nesse cenário, o desafio dos empreendedores é prever o futuro e fomentar seus negócios com inovações que façam sentido para a direção em que o mercado global está apontando e, usando o “OEA sobre águas” como exemplo, podemos afirmar que dispositivos de Internet das Coisas (IoT) fazem uma revolução no rastreamento e identificação de cargas. Quando aliados a ferramentas de análises de dados, chamados de Big Data e Business Intelligence, entendemos que esse futuro já está perto e pode se tornar real de maneira mais rápida para as empresas que investem em projetos inovadores.

Muitas companhias que têm operações logísticas ou de comércio exterior planejam inovações em seus cronogramas e budgets, mas enfrentam dificuldades para a execução desses planos estratégicos. Como precisam manter o business ativo e estão focadas nas ações diárias, muitas encontram complexidade para descobrirem novas oportunidades, sem contar a falta de condições para incluírem essas novidades na resolução das dores do dia a dia ou, até mesmo, para agregar mais valor em suas ofertas comerciais.

Empresas que buscam inovação contratam profissionais experientes e mesmo assim não atingem os resultados esperados porque não usam metodologias exatas, cabais e se deparam com os paradigmas e mindset dos seus executivos. Por isso, acredito que trabalhar com um processo de simbiose para criar e, depois, absorver na principal linha de negócio da companhia, assim como buscar uma consultoria externa especializada em projetos inovadores, é fundamental para quem quer, em breve, usar expressões como OEA e IoT (Internet das Coisas) na mesma frase!

Alexandre Gera é sócio-gestor da GERAVALOR, consultoria especializada em Inovação, Estratégias e Assessment para negócios de Comércio Exterior e de Logística.

Carros serão data centers sobre rodas

O diretor da divisão de TI da T-Systems, A T-Systems Brasil, provedora alemã com amplo portfólio de soluções digitais e serviços de TI, François Fleutiaux, acredita que os carros estão se tornando data centers sobre rodas. Exatamente por isso, é hora do mercado de preparar para trabalhar com estes dados.

Não por acaso, muitos dos carros fabricados atualmente contam com mais de 100 sensores embarcados, capazes de monitorar permanentemente itens como velocidade, temperatura do motor e funcionamento dos freios, coletando para isso uma série de outras informações. Estes sensores fazem com que estes automóveis produzam cerca de 25 GB de dados por hora. Em se tratando de carros autônomos, a previsão é de que este volume salte para 3.600 GB por hora.

Fleutiaux explica que os dados não são gerados apenas com o veículo em movimento. “Eles são produzidos em toda a cadeia de valor, do design e desenvolvimento, produção, vendas e uso, até as revisões e manutenção”, diz, lembrando haver um consenso entre especialistas de que empresas com capacidade de coletar, integrar e analisar estes dados com inteligência estarão entre os vencedores da revolução digital. “Estas empresas serão capazes de melhorar a eficiência de uma série de processos e de abrir novas possibilidades de vendas com serviços inovadores”, prevê, citando três exemplos de serviços já realizados pela T-Systems neste novo mercado:

Manutenção preditiva em produção automotiva – de acordo com a IFR (International Federation of Robotics), 2,6 milhões de robôs estarão em uso até 2019, muitos deles já em operação. Um carro médio tem cerca de 6 mil pontos de solda. Se um único robô de soldagem tem uma parada inesperada, toda a linha é paralisada, causando prejuízos de cinco a seis dígitos para o fabricante. Há dados de medição e consumo de energia que permitem prever uma parada deste tipo com seis dias de antecedência, permitindo que a manutenção trabalhe de forma programada.

Seguro automotivo pago por uso do carro – poucas seguradoras utilizam tecnologia telemática para monitorar o comportamento dos motoristas, premiando hábitos de direção segura com taxas mais baixas. Uma caixa telemática, ou mesmo o smartphone, pode ser utilizado para gravar estes dados e envia-los para a companhia seguradora. Se o automóvel tiver um SIM card instalado, estes dados podem ser transferidos sem problemas. Seguradoras e fabricantes de automóveis já estão trabalhando para estabelecer um framework legal que permita o fornecimento de dados relevantes para as seguradoras.

Semáforos que reconhecem veículos de emergência – muitos semáforos já estão equipados com câmeras de monitoramento, permitindo sua otimização de acordo com o fluxo. A cidade de Milton Keynes, na Inglaterra, está equipando seus cerca de 2,5 mil semáforos com câmeras inteligentes capazes de reconhecer ambulâncias e mudar as fases para permitir sua passagem.
Lucratividade

Fleutiaux defende que o mercado precisa, para potencializar os dados produzidos por veículos, desenvolver mais conectividade, capacidade de storage e softwares inteligentes. De acordo com o Gartner, um em cada cinco veículos serão equipados com alguma forma de conexão sem fio até 2020, que devem totalizar cerca de 250 milhões de veículos globalmente.

Este desenvolvimento está sendo estimulado pela obrigatoriedade da instalação do sistema de chamadas de emergência eCall em todos os carros da União Europeia até o final de março deste ano, equipando cada um deles com um SIM card.

“Outra tecnologia, chamada NarrowBand IoT, está destinada para o gerenciamento de estacionamentos inteligentes e outras aplicações do tipo”, afirma. Trata-se de uma rede WAN que não apenas estende a vida dos sensores operados por bateria, como funciona em prédios e garagens subterrâneas, sinalizando vagas livres para os motoristas.

Os softwares também estão se tornando incrivelmente avançados, alguns inclusive com funcionalidades de aprendizado. “De acordo com a McKinsey, as soluções de inteligência artificial vão ampliar o ROI da indústria automotiva em 9% até 2025, com maior potencial de crescimento nas áreas de produção e compras”, revela Fleutiaux.

O executivo afirma que, neste momento, a criatividade torna-se o recurso mais importante, permitindo às empresas desenvolverem novos serviços, modelos de negócio e fontes de receita baseadas em dados veiculares. “Na verdade, pode ser o início de uma corrida do ouro moderna, porque no futuro será possível fazer mais dinheiro a partir dos dados veiculares do que da produção em si”, prevê.

Para comprovar sua previsão, o executivo lembra que a margem de lucro dos fabricantes de automóveis geralmente gira em torno de 10%. Por outro lado, a margem de empresas especializadas em processamento de dados, é de cerca de 30%. A questão é: quem vai abocanhar este lucro? Para o executivo, já há no mercado uma competição sobre o uso comercial de dados veiculares.

“Fabricantes, fornecedores e startups estão considerando as oportunidades e enfrentando a competição de empresas de outros segmentos, como a Apple e o Google, que já descobriram o potencial deste mercado e têm conhecimento e musculatura financeira para agita-lo. A luta pelos dados automotivos está apenas começando”, conclui.

Segredos para o uso de dispositivos de Internet das Coisas – Por Ney Acyr Rodrigues

Os próximos anos serão decisivos para a área de Tecnologia da Informação. O processo de transformação digital tem levado cada vez mais as empresas a investirem em soluções que garantam a automatização de processos e, consequentemente, agreguem valor às organizações, gerando aumento da produtividade e melhor experiência dos clientes. Para acompanhar essa evolução das companhias, novas tecnologias serão implementadas, incluindo o uso de dispositivos conectados entre si – Internet das Coisas (IoT) e Machine to Machine (M2M).

Soluções de IoT serão utilizadas nos mais variados modelos de negócios. Estudos apontam que, até 2020, essas soluções já estarão incorporadas a mais da metade dos processos e sistemas dos novos negócios e teremos no planeta bilhões de dispositivos conectados. No varejo, dispositivos conectados estarão presentes para controle de estoques e prateleiras, controle de hábitos de consumo e até gestão de pagamentos. Nas fábricas, estarão contribuindo para uma nova fase conhecida como Indústria 4.0.

Milhares desses dispositivos conectados já estão sendo utilizados por montadoras na solução de carros conectados. A tecnologia de ponta dentro dos veículos permite o envio de dados para controle, monitoramento e assistência técnica, entre outras funções. Além de conforto, carros conectados oferecem mais segurança ao motorista, com possibilidade de monitoramento de frota, incluindo trajetos considerados mais perigosos, e envio de ajuda em caso de paradas repentinas.

A adoção de soluções de IoT para aumento de produtividade e, consequentemente, da qualidade de vida não é exclusividade do mundo corporativo. Gestores públicos já desenvolvem projetos visando à utilização de dispositivos conectados para gerenciamento mais preciso de recursos energéticos, transporte e segurança pública, por exemplo. Estudos apontam que a economia de energia de uma cidade pode chegar a 30% com a utilização de sensores de monitoramento, que detectam possíveis falhas como a manutenção de lâmpadas acesas em vias públicas durante o dia.

Mas qual seria o primeiro passo para uma empresa montar esta grande rede de conexão entre sistemas, dispositivos, máquinas e aplicações? O processo de implantação e gestão de soluções de IoT será coordenado pelos CIOs, a partir de um planejamento adequado de necessidades e de mapeamento de objetivos de negócios. Como todo projeto, antes de partir para a ação, é fundamental a realização de testes para identificar possíveis transformações que podem ocorrer. O uso bem-sucedido dessas aplicações precisar estar apoiado em uma infraestrutura robusta de telecomunicações, integrada à TI e a recursos que permitam a mobilidade, uma vez que todos aparelhos estarão se comunicando para a troca de informações.

Outro passo importante é o engajamento dos colaboradores para o uso correto dos dispositivos, que devem ser direcionados para funções operacionais e contínuas, tendo sempre o olhar estratégico dos especialistas para potencializar seus benefícios.

Além disso, o sucesso da implantação de solução de IoT passa, obrigatoriamente, pela segurança dos dispositivos e aplicações conectadas. Por isso, estamos notando o crescimento no uso de sistemas de proteção. Estudos apontam que cerca de 20% do orçamento anual das companhias para a segurança em TI, tecnologia operacional e requisitos de segurança será voltado para soluções de IoT até 2020. A título de comparação, há dois anos, apenas 1% desse orçamento era direcionado para segurança em IoT.

Soluções preditivas, que investigam e antecipam potenciais ameaças, criando uma barreira de proteção lógica contra diferentes tipos de ataques, serão cada vez mais usadas por companhias que buscam segurança para sua estrutura de IoT. Com essas ofertas, o cliente é imediatamente avisado em caso de ataques e orientado para aplicação da melhor estratégia de defesa.

Pessoas, máquinas, dispositivos, sensores e aplicações já conseguem trocar uma enorme quantidade de informações, otimizando procedimentos, gerando melhor uso dos ativos próprios das organizações e garantindo melhor experiência e qualidade de vida ao consumidor final. O mundo totalmente conectado deixou de ser uma tendência. A chamada quarta revolução industrial, resultado da convergência de tecnologias, já está em curso. Prepare sua empresa para o próximo nível!

Ney Acyr Rodrigues, Diretor Executivo de Negócios de IoT da Embratel

Google anuncia intenção de adquirir Xively

A Internet das Coisas (IoT) está no centro das tendências de mercado quando o assunto é inovação. A estimativa é que, até 2020, existam 20 bilhões de dispositivos conectados no mundo. Levando em consideração este cenário, o Google anunciou recentemente a intenção de adquirir a Xively, empresa de plataformas de IoT e de gerenciamento de produtos conectados, pertencente ao grupo LogMeIn Inc.

Especializada em ajudar corporações a construírem produtos e serviços conectados, a Xively deve complementar os esforços de Google Cloud na oferta de serviços de IoT que conectam e gerenciam dados de dispositivos dispersos globalmente, acelerando o tempo de desenvolvimento de produtos dos seus clientes de forma rápida e segura.

Através desta aquisição, que ainda está em negociação, será possível ao Cloud IoT Core adquirir conhecimentos profundos de tecnologia e engenharia de IoT, incluindo a capacidade avançada de gerenciar dispositivos, mensagens e painéis do Xively.

“Nossos clientes serão beneficiados com um extenso conjunto de recursos flexíveis e com a plataforma de gerenciamento de dispositivos da Xively, emparelhado com a segurança e a escala do Google Cloud”, afirma Antony Passemard, gerente de produtos de IoT do Google Cloud.

Com a liderança do Google Cloud em análise de dados e machine learning, os clientes poderão, de maneira mais fácil, criar soluções de plataforma de ponta, concentrando-se na criação de valor aos negócios e no ganho de vantagem competitiva em seu mercado de atuação.

Gartner e T-Systems divulgam estudo sobre plataformas IoT

O Gartner e a T-Systems, provedora alemã com amplo portfólio de soluções digitais e serviços de TI, acabam de divulgar um estudo chamado “Key Considerations for Your IoT Ecosystem”. De acordo com a análise feita pelas duas companhias, o segmento de IoT deve continuar em franco crescimento, tornando crucial para as empresas a escolha da plataforma a ser utilizada para suportar novas aplicações.

Consideradas “o backbone” da internet das coisas, as plataformas representam um novo segmento de mercado, ainda em surgimento. O estudo define as plataformas IoT como soluções de software capazes de gerenciar tecnicamente dados IoT. “Este mercado deve crescer consideravelmente nos próximos anos, por conta das funcionalidades e destas plataformas trazerem ainda mais valor para vários processos de negócios”, diz a análise.

Diante deste contexto, um questionamento que deve ganhar força junto com o crescimento deste mercado é: como uma empresa deve definir que uma determinada plataforma é a ideal para seu negócio? De acordo com o estudo, a escolha da plataforma deve star alinhada à estratégia de IoT da empresa e seu modelo de negócios. Esta definição pode vir de um estudo sobre os problemas que a empresa quer resolver e uma priorização dos serviços a serem implementados.

De todo modo, e independentemente de suas demandas, o estudo aponta que todas as empresas vão precisar de plataformas que garantam flexibilidade e a expansão de seus desenvolvimentos. Neste cenário, a melhor escolha seria uma plataforma baseada em um ecossistema de múltiplos provedores e soluções combinados em um espaço simples de usar.

Nesse sentido, o estudo aponta três funcionalidades essenciais a uma boa plataforma IoT:

– Suporte a aplicações – para a customização de soluções IoT;

– Consolidação de dados e armazenamento – para capturar e armazenar dados e gerar insights;

– Gerenciamento de conectividade – para conectar automaticamente sistemas, redes e equipamentos.

Por conta disso, o estudo aponta como prioritário desenvolvimento de novos serviços IoT para plataformas IoT. Para atender a estas demandas, os líderes de TI corporativos devem:

– Desenhar e desenvolver plataformas IoT que sejam extensíveis e abertas para uso de serviços IoT externos;

– Implementar modelos de precificação que garantam rápido retorno a partir de uma plataforma IoT padronizada;

– Buscar o desenvolvimento de novos serviços IoT como bibliotecas analíticas, monetização de dados, ferramentas de governança e segurança avançada, que fortaleçam sua plataforma.

“A T-Systems acredita em ecossistemas abertos para acelerar todo o mercado de IoT. Ao mesmo tempo, queremos atuar como enablers, para que nossos clientes construam suas soluções baseadas em produtos IoT fornecidos com a maior conveniência possível”, afirma Ideval Munhoz, presidente da T-Systems Brasil.

Veja a íntegra do estudo.

Por que a IoT é tão importante? – Por Miguel Carbone

Com volumes gigantescos de dados, em um ambiente cada vez mais conectado e repleto de métricas, a “internet das coisas” tem conquistado importância com uma velocidade assustadora. Seja em sistemas simples, ou naqueles mais complexos e intrincados, a IoT tem se revelado uma tecnologia de grande valia para a captação, gestão e utilização racional das informações.

Tida como uma das molas propulsoras da transformação digital, por impulsionar e amparar processos de inovação em todas as áreas, com segurança e escalabilidade, a internet das coisas terá nada menos do que 34 bilhões de aparelhos conectados até 2020, em um número que pode ser revisto para cima brevemente.

Porque esta tecnologia é tão atraente? Que benefício traz para os negócios? Neste novo mundo que estamos vivendo, com ecossistemas inteligentes, líquidos, 24 x 7 — algo que insistimos em mencionar sempre que possível —, evitar falhas, ter redundâncias e saber priorizar o que é necessário é fundamental. Por isso, a IoT cresceu a — e ainda crescerá — muito!

Não é demais coletar os dados direto na nuvem? Não é sensacional e infinitamente mais inteligente mensurar tudo, mas só registrar aquilo que é realmente importante, o que de fato traz algo novo ou insights autênticos?

Podemos evitar muitos ruídos e perdas de tempo gerenciando, desde a origem, o que é realmente determinante em áreas específicas, contribuindo para a criação dos chamados “data marts”: repositórios de dados voltados a respostas direcionadas. Bingo!

Se o seu negócio quer ingressar no século XXI — caso ainda não tenha conseguido — a IoT é um dos temas que você e sua equipe precisam considerar para otimizar sua estrutura e amplificar os resultados.

Miguel Carbone é CEO da MC – The New World Technology, parceiro merecedor de sete títulos IBM Champion consecutivos e uma das maiores autoridades em IA, analytics, banco de dados e IoT do Brasil.

Siemens reforça liderança na digitalização industrial

A Siemens reforça seu papel na digitalização, tornando-se a primeira empresa mundial a criar 20 centros para aplicativos de clientes digitais no setor industrial. Cada um desses MindSphere Application Centers para soluções digitais da Siemens abrange vários locais em diferentes países, com especialização em um setor específico em que a Siemens opera. Hoje, cerca de 900 desenvolvedores de software, especialistas em dados e engenheiros trabalham com os clientes da Siemens nestes centros no desenvolvimento de inovações digitais para análise de dados e aprendizado de máquinas. Essas novas soluções estão sendo desenvolvidas no MindSphere, o sistema operacional aberto na nuvem da Siemens para a Internet das coisas (IoT). Para ficar perto dos clientes, a empresa criou 20 centros em 50 localidades de 17 países espalhados pelo mundo. “Estamos continuamente expandindo nosso papel de liderança na digitalização industrial”, disse Joe Kaeser, Presidente e CEO da Siemens. “Com a nossa experiência global em eletrificação e automação e nossa experiência em software industrial, estamos gerando benefícios melhores aos nossos clientes, benefícios que nenhuma outra empresa pode replicar em níveis tão altos de desempenho.”

Durante o ano fiscal de 2017, a Siemens reforçou sua liderança em soluções de software e serviços digitais. A receita de tecnologias digitais, por exemplo, aumentou para 5,2 bilhões de euros: 4 bilhões de euros obtidos com software e 1,2 bilhão de euros com serviços digitais. Isso corresponde a um aumento de 20% em relação ao ano anterior, ultrapassando a taxa de crescimento do mercado de aproximadamente 8%. “Agora estamos acelerando ainda mais a digitalização”, disse o Diretor de Tecnologia da Siemens, Roland Busch. “Usamos o know-how da indústria para ampliar as soluções e expandir ainda mais os negócios. Com os nossos Centros de Aplicativos MindSphere, oferecemos o suporte ideal aos nossos clientes do mundo inteiro para que eles de fato incorporem a era digital.”

A Siemens lançou seu sistema operacional de IoT MindSphere em toda a empresa há cerca de um ano. Aproximadamente um milhão de dispositivos e sistemas se conectam agora pelo MindSphere, e esse número deve chegar a 1,25 milhões no fim do ano fiscal de 2018. A partir de janeiro de 2018, o MindSphere também estará disponível no Amazon Web Services. Esta parceria reúne a Siemens, líder mundial em automação industrial, com a nº 1 em soluções na nuvem do mundo todo. Com isso, os usuários terão os benefícios de um ambiente de desenvolvimento mais poderoso, funções de análise adicionais e conectividade expandida. Aplicativos industriais e serviços digitais podem ser desenvolvidos e executados no MindSphere. Por exemplo, quantidades enormes de dados gerados pelo sistema podem ser coletadas, avaliadas e usadas de forma rápida e eficiente para melhorar o desempenho e a disponibilidade do sistema. Esta tecnologia também ajuda os clientes a avaliar e usar seus dados para obter novas percepções. Por exemplo, interrupções podem ser previstas e evitadas e conclusões podem ser tiradas sobre um produto e seu processo de fabricação. Os usuários também podem desenvolver modelos de negócios totalmente novos, como a venda de horas de operação de uma máquina, oferecendo, portanto, soluções que exigem volumes menores de capital.

Para acelerar ainda mais o processo de inovação, a Siemens aumentará novamente seus recursos dedicados ao departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no ano fiscal de 2018, investindo a soma adicional de cerca de 450 milhões de euros. Com isso, os fundos de P&D aumentarão de aproximadamente 5,2 bilhões de euros no ano fiscal de 2017 para mais de 5,6 bilhões de euros no ano fiscal de 2018. Mais de 3 bilhões de euros dos fundos de pesquisa e pesquisa da empresa circularam na Alemanha no ano fiscal de 2017. Desde 2014, os investimentos da Siemens em P&D aumentaram cerca de 40%. Para o ano fiscal de 2018, a Siemens destinou cerca de 500 milhões de euros de P&D para as tecnologias centrais da empresa, que incluem campos inovadores como fabricação de aditivos, robótica autônoma, análise de dados, inteligência artificial e gêmeos digitais, além de eletrônicos de potência e sistemas de energia distribuídos. No ano fiscal de 2017, a Siemens contava com cerca de 40 mil funcionários de P&D em todo o mundo: cerca de 13.700 na Alemanha, 6.500 nos Estados Unidos, 2,700 na China e 6.800 na Índia.

Internet das Coisas desempenhará um papel de liderança na proteção de trabalhadores agrícolas

A fazenda do futuro utilizará tecnologias de Internet das Coisas (IoT) para criar ambientes de trabalho mais seguros e reduzir riscos para a força de trabalho. É o que diz um estudo independente encomendado pela Inmarsat, empresa de comunicações móveis globais por satélite (LSE: ISAT.L), que mostra que metade das empresas agritech (de tecnologia agrícola) fortalecerá as práticas de segurança e saúde do setor por meio da adoção de IoT.

A Vanson Bourne, empresa especializada em pesquisas de mercado, entrevistou 100 empresas agritech de todo o mundo como parte do estudo The Future of IoT in Enterprise da Inmarsat. Ela mostra que 49% das empresas agritech colocam a melhoria da saúde e da segurança como uma das principais motivações para o desenvolvimento de soluções IoT, acima de monitorar mudanças ambientais (48%) e identificar ganhos de eficiência e oportunidades de redução de custos (45%). Na mesma linha, 40% esperam que a IoT melhore significativamente as práticas de saúde e segurança em um futuro próximo.

Comentando os resultados, Chris Harry-Thomas, diretor de Estratégia Agritech da Inmarsat Enterprise, revela: “Apesar dos esforços do setor para melhorar a saúde e a segurança na agricultura, uma pesquisa (em inglês) da Organização Internacional do Trabalho revela que a taxa de acidentes fatais permaneceu elevada e a agricultura continua sendo o setor mais perigoso do mundo. A pesquisa estima que 170 mil trabalhadores agrícolas morrem em serviço todos os anos e que milhões de outras pessoas são lesionadas em acidentes com maquinaria agrícola ou sofrem efeitos negativos no longo prazo sobre a saúde decorrentes da exposição a agrotóxicos e pesticidas.

“Com a Quarta Revolução Agrícola já em curso, a IoT pode oferecer às empresas agritech uma grande quantidade de soluções para esses desafios. Sistemas automatizados habilitados pela IoT podem reduzir o risco, afastando os trabalhadores dos procedimentos mais perigosos como o levantamento de materiais pesados ou o uso de máquinas perigosas. Máquinas automatizadas também podem em geral reagir mais rapidamente a emergências, monitorando e parando equipamentos antes que ocorra uma ameaça à segurança do trabalhador. O setor também está aproveitando a Internet das Coisas com as tecnologias wearable. Esses dispositivos integrados em relógios, capacetes e roupas podem detectar quedas e monitorar a saúde do pessoal por meio da medição da frequência cardíaca e da temperatura, permitindo que as empresas agrícolas reajam mais rapidamente às emergências e forneçam atendimento médico de urgência a quem se ferir”.

Harry-Thomas acrescenta: “À medida que a agricultura se expande para terras novas e distantes, a conectividade terrestre torna-se cada vez mais limitada. Os trabalhadores também são expostos a um risco maior, pois estão mais isolados e mais distantes dos serviços de emergência. A comunicação por satélite, portanto, tem um papel integral a desempenhar, pois permite que as tecnologias de ponta sejam acessadas nas áreas mais remotas do planeta, equipando fazendas com redes de dispositivos automatizados e sensores para proteger os trabalhadores”.

“Temos uma paixão por aumentar o impulso da Internet das Coisas e criar ambientes de trabalho mais seguros e mais produtivos em todo o mundo. É encorajador ver que o setor está tomando medidas para desenvolver e implementar essas tecnologias e salvaguardar a saúde, segurança e bem-estar de seus funcionários”.

As redes de comunicações por satélite oferecem uma elevada cobertura e confiabilidade, que é crítica em casos de condições climáticas extremas ou de emergência, ou ainda ampliando a conectividade a locais remotos. Ativos em até 99,9% do tempo, os serviços de banda L da Inmarsat estão permitindo que as soluções IoT mudem a cara da agricultura.

Para visitar o microsite da pesquisa e baixar o relatório “The Future of IoT in Enterprise – 2017” completo (em inglês) – acesse: http://research.inmarsat.com/.

O novo mercado de trabalho na 4ª Revolução Industrial – Por Marco Stefanini

O futuro do mercado de trabalho estará novamente no centro das atenções do Fórum Econômico Mundial (FEM), que acontece ao longo da semana em Davos. Segundo a instituição, o mundo perderá milhões de empregos nos próximos três anos, principalmente aqueles que estão relacionados a funções administrativas e industriais. Só no Brasil, 15,7 milhões de trabalhadores serão afetados pela automação até 2030, segunda estimativa da consultoria McKinsey. Independente das projeções, o que se constata é que o mercado passa por uma grande mudança, semelhante à revolu&cced il;ão industrial, porém de uma forma muito mais rápida e dinâmica.

De acordo com artigo do fundador do FEM, Klaus Schwab, publicado recentemente na “Foreign Affairs”, a 1ª revolução industrial utilizou água e vapor; a 2ª eletricidade e a 3ª usou os eletrônicos e a tecnologia da informação para automatizar a produção na segunda metade do século XX. O que chamamos agora de 4ª revolução industrial se caracteriza por um mix de tecnologias que elimina as barreiras entre o físico e o digital.

Numa sociedade cada vez mais conectada, a Inteligência Artificial, o aprendizado de máquina (Machine Learning), a Internet das Coisas (IoT) e os sensores nos meios de produção (Indústria 4.0) garantem mais agilidade e eficiência. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o número de robôs industriais cresce uma média de 9% ao ano, desde 2010. No Brasil, a Federação Internacional de Robótica prevê que 12 mil robôs industriais serão comercializados até 2020.

É natural que todas essas transformações tecnológicas causem um desconforto inicial, como também aconteceu nas revoluções anteriores. Muitos profissionais veem na automação um risco iminente para a empregabilidade. Com certeza, haverá mudanças significativas, que sinalizam para o fim de atividades repetitivas, que serão cada vez mais incorporadas pelas máquinas.

Por outro lado, as pessoas também terão a oportunidade de investir em outras profissões que envolvem uma capacidade analítica maior. O estudo “Futuro do Trabalho, publicado no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial, diz que quase dois terços das crianças que ingressam no ensino primário irão trabalhar em funções que ainda não existem. A tendência é surjam novas vagas na área de internet móvel, IoT, robótica, matemática e análise de dados.

No Brasil, ainda temos um longo caminho a percorrer, embora a transformação digital seja uma necessidade crescente entre empresas que buscam se reinventar. Na era do crescimento exponencial, precisamos mostrar como a tecnologia de ponta pode ser um fator decisivo para se manter na liderança ou simplesmente desaparecer. Em dez anos, a estimativa é de que 40% das corporações atualmente relacionadas no índice Fortune 500 tenham deixado de existir.

E como o Brasil pode se preparar para este novo cenário? Não existe apenas um caminho a trilhar, mas certamente um deles passa pela educação e qualificação profissional. Como iniciativa privada, nosso dever é contribuir para a formação de pessoas que poderão utilizar a inovação como um diferencial competitivo a curto e médio prazo.

Com as novas exigências do mercado, a sobrevivência de uma empresa depende da sua capacidade de inovar e abraçar novas mudanças. Já a geração de empregos no futuro estará diretamente relacionada à criatividade, qualificação, resiliência e capacidade de trabalhar em equipe. O novo mundo do trabalho é mais colaborativo e flexível.

Marco Stefanini é fundador e CEO global da Stefanini, multinacional brasileira considerada a quinta mais internacionalizada segundo Ranking da Fundação Dom Cabral (FDC).

5 setores nos quais IoT deve crescer em 2018 no Brasil

Fotos Editadas. Escritório.

Por Werter Padilha

Início de ano é época de identificar tendências, setores com maiores perspectivas de crescimento e de investimentos, seja por parte de empresas, governos e consumidores. Para essas análises, contamos com informações fornecidas por diferentes e conceituadas consultorias. Segundo dados da IDC, o gasto mundial com Internet das Coisas (IoT) deverá chegar a US$ 772,5 bilhões em 2018, um aumento de 14,6% em relação aos US$ 674 bilhões gastos até o fim de 2017.

As taxas de crescimento continuarão altas nos próximos anos, pois as tecnologias de IoT podem ser exploradas em incontáveis setores e, em princípio, não existem fronteiras para elas – da casa inteligente à indústria 4.0. Entretanto, é preciso analisar também a dinâmica desses mercados para identificar quais desses setores estão mais maduros para adoção de IoT em larga escala, dispostos a investir nessa transformação digital e a explorar os dados produzidos pelos dispositivos – um caminho em direção ao futuro que precisa ter início e continuidade.

IoT demanda análise, planejamento, estratégia, investimento e retorno sobre os recursos aportados, pois não basta conectar dispositivos ou pessoas por meio de uma rede, seja pública ou privada. O fluxo contínuo de informações gerado pelos dispositivos e tecnologias de IoT deve auxiliar as pessoas, organizações e governos a alcançarem seus objetivos, seja a redução de desperdícios e de custos operacionais, o aumento das vendas, oferta de novas experiências ao cliente, mais qualidade de vida, mais eficiência na gestão, a melhora na competitividade ou qualquer outro objetivo específico.

Tendo em vista essa necessidade de analisar a maturidade dos setores e as tendências, relaciono abaixo 5 setores nos quais a adoção de IoT deverá crescer em 2018 no Brasil, explorando o potencial das novas tecnologias, a evolução das plataformas de IoT, a ampliação de cloud, o uso crescente dos softwares de analytics e business intelligence e as boas perspectivas abertas pela divulgação do Plano Nacional de IoT e de outros projetos e políticas já em andamento no país. São eles:

1. Indústria de hardware e software para IoT

De acordo com o IDC, o hardware vai atrair um volume significativo de investimentos, considerando a necessidade de construção da infraestrutura de IoT, com a aquisição e instalação de sensores, beacons, tags de RFID, gateways e soluções, entre outros equipamentos e programas, que proporcionam inteligência, identificação e rastreabilidade às coisas. São os investimentos para criação da infraestrutura capaz de gerar e suportar o tráfego de dados, conforme a base instalada de dispositivos conectados se expande exponencialmente.

2. Indústria – manufaturas em geral e de base

Na modernização dos processos na manufatura, a IoT é parte fundamental na evolução da automação industrial para o conceito de Indústria 4.0 e o Brasil está em busca de recuperar o atraso e a perda de competitividade internacional. A conectividade passa a contribuir para a criação de processos de produção mais flexíveis e traz impactos que vão muito além da redução das falhas no chão de fábrica. A escolha da indústria como uma das verticais prioritárias do Plano Nacional de IoT, o programa da FIESP e ABDI em andamento, chamado “Rumo à Indústria 4.0”, entre outras iniciativas para difusão de conhecimento sobre tecnologias digitais que devem ser incorporadas à produção, indicam que trata-se de um tema prioritário e estratégico para o Brasil, como já acontece na Alemanha, China e Coreia do Sul.

3. Agronegócio

Pesquisa realizada por uma empresa global de serviços e soluções de tecnologia da informação e comunicação, aponta que o agronegócio é um dos setores mais avançados no Brasil na adoção de IoT, ou seja, já está sintonizado com o uso de tecnologias para melhorar a eficiência tanto da produção, quanto de transporte, logística e armazenamento. O agronegócio é um dos setores nacionais mais competitivos internacionalmente e para manter esta posição, os empresários e o governo estão dispostos a ampliar os investimentos na adoção de novas tecnologias para gestão de frota, para coleta de dados dos equipamentos agrícolas, monitoramento de dados de clima e solo, entre outras informações, para fazer com que o país avance no ranking de produção mundial de alimentos.

4. Saúde e gestão hospitalar

Saúde é outro setor priorizado pelo Plano Nacional de IoT e que tem iniciativas em andamento em consultórios médicos, centros de diagnóstico e hospitais públicos e privados. Hoje em dia, as tecnologias digitais na saúde têm contribuído tanto para o diagnóstico e tratamento de pacientes quanto na administração hospitalar e gestão de ativos. Uma das apostas é a telemedicina, conceito que envolve o armazenamento e monitoramento remoto de sinais vitais de pacientes por meios de dispositivos. Podemos considerar ainda a popularização dos wearables (como relógios, pulseiras e tênis), que monitoram a frequência cardíaca, tempo de sono e outros sinais vitais.

5. Mobilidade urbana e trânsito

Dentro das diferentes áreas trabalhadas pelo conceito de Cidades Inteligentes, a IoT pode ser vista como chave para a melhoria do trânsito e da mobilidade urbana nas médias e grandes cidades, ajudando a mensurar o tamanho do problema, quantificar o número de automóveis em uma rua, propor rotas e priorizar investimentos. O Brasil já tem um Projeto do MCTIC, que pretende integrar sistemas de monitoramento ao Plano Nacional de IoT, que visa criar soluções em áreas como mobilidade urbana, segurança e transporte de cargas. Vários estados da federação estão investindo em semáforos inteligentes e transporte público conectado.

Acreditamos que empresas, governo, instituições de pesquisa e consumidores vão se manter mobilizados na adoção e disseminação do uso de equipamentos conectados à internet, pois a sinergia permitirá a criação de um ambiente no Brasil capaz de alavancar o investimento em IoT nos 5 setores citados – indústria de hardware e software, agronegócio, saúde, indústria e mobilidade urbana – e em outras áreas atrativas, como varejo e logística.

Werter Padilha, CEO da Taggen Soluções de IoT, coordenador do Comitê de IoT da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, e membro do comitê do Plano Nacional de Internet das Coisas, projeto desenvolvido pelo BNDES e o Ministério das Ciências, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC).

Resource lança solução de IoT com foco no agronegócio

A Resource, uma das principais e mais bem-sucedidas multinacionais brasileiras de serviços de TI e Integração Digital, lança esta semana a oferta de Internet das Coisas (IoT) para business com foco em agronegócios. Elaborado em parceria com a Tago, empresa provedora de soluções Cloud para o mercado IOT, o objetivo é utilizar a plataforma integrada a sensores e soluções de automação para prevenção de pragas, indicando com antecedência os defensivos necessários para proteção, podendo, inclusive, programar automaticamente até pedidos de novas remessas de mercadorias.

A adoção da nova oferta de IoT deve ser representativa, uma vez que o agronegócio é um dos segmentos mais tecnológicos do Brasil, além de representar 23% do PIB – Produto Interno Bruto – e ser um dos responsáveis pela queda da inflação no País, gerando de janeiro a outubro de 2017 mais de 19 mil postos de trabalho, 84% a mais que o mesmo período de 2016.

“Estamos utilizando tecnologia de ponta para automatizar um dos principais setores da economia brasileira. Controlando a compra de defensivos agrícolas, os dispositivos liberam os produtores para se preocuparem com outros temas mais importantes para suas atividades, uma vez que o sistema pode automatizar o processo de compra do produto correto de forma planejada, sem comprometer a entrega e sem desperdiçar dinheiro”, informa Roberto Aran, Diretor de Digital Solutions da Resource.

“Com a nova oferta de IoT, utilizamos dados de sensores nas propriedades rurais e, por meio deles, identificamos de maneira rápida e proativa as condições ambientais e a possibilidade de possíveis pragas. Com esse monitoramento é possível chegar a um denominador sobre os fungos que podem surgir”, explica Fábio Rosa, CEO e Co-fundador da Tago.

O objetivo da solução é monitorar e alertar sobre as condições para surgimento de pragas na cultura de acordo com um banco de dados alimentado com informações coletadas com especialistas e variáveis climáticas, como períodos de chuva, de seca e incidência de pragas sobre cada lavoura.

A Resource entrega a solução de ponta a ponta, implementando a plataforma e mantendo o sistema funcionando corretamente durante todo o processo, No mercado brasileiro, as soluções de IoT para agronegócios ainda estão em fase embrionária. A Resource está lançando no mercado uma oferta que irá facilitar o dia a dia dos produtores e gerar mais eficiência e produtividade para os negócios. A solução de IoT com foco em agronegócios vai integrar todos os serviços com as necessidades do campo.

“A nossa plataforma tem implementação simplificada e sua utilização pode ir além deste segmento, se aplicando a outros setores como o de seguros”, diz Aran.